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Um livro para restaurar a sua fé na humanidade.
Uma leitura fácil, fluida, rápida - e emocionante.
Dizem os teóricos que a leitura é sempre um ato subjetivo. Somente podemos dar significado ao que lemos a partir de nossas próprias experiências, nosso entendimento individual das coisas e do mundo. Para mim, "o filho de mil homens" foi uma lição de vida sobre esperança. Sobre como sempre podemos criar coisas belas a partir das nossas tristezas e infortúnios - e me ajudou a pensar de forma mais otimista sobre o tempo em que vivemos.
Valter Hugo Mãe nos traz aqui personagens quebrados; tristes, sozinhos, injustiçados. E aí você se sente assim também, através desses personagens você contempla a solidão e o medo dela. Mas antes que você tenha tempo de arrancar os cabelos e cair em desespero, o autor acende a luz. Lá pelo meio do livro ele nos lembra de que nem tudo é trevas, e que o amor, a esperança e a felicidade podem muitas vezes surgir dos contextos mais improváveis. Cada um desses personagens, com suas dores e perdas e lutas, é um símbolo de liberdade, superação e aprendizado.
Sobre esse livro, não vou falar muito mais porque acho que essa leitura é uma experiência muito rica e muito particular, uma história que precisa ser descoberta por cada leitor da sua própria maneira. Termino então com uma das 927634 frases que sublinhei durante essa leitura:
"(...) nunca limites o amor, filho, nunca por preconceito algum limites o amor. O miúdo perguntou: porque dizes isso pai. O pescador respondeu: porque é o único modo de também tu, um dia, te sentires o dobro do que és."
Ler Valter Hugo Mãe é se sentir o dobro!
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