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O ano de 2020 foi sofrido e caótico. Ainda bem que existem os livros.
Nada fácil o ano de 2020. Fechada em casa por causa da pandemia, muitas vezes optei por desligar a tv, cansada de ouvir as notícias e triste por elas serem sempre as mesmas. Me voltei para os livros e neles encontrei algum tipo de conforto. Nas páginas dos livros a seguir, reencontrei a beleza do nosso mundo em suspenso. Eis então a lista das melhores leituras nacionais que fiz durante o ano de 2020:
O Peso do Pássaro Morto, de Aline Bei:
@alinebei, com seu lindíssimo “o peso do pássaro morto”, nos leva em uma viagem linda e intimista para dentro de uma personagem que poderia ser cada uma de nós. Prosa escrita quase que em forma de verso, o livro acompanha a vida de uma mulher, dos seus 8 aos 52 anos.
Úrsula, de Maria Firmina dos Reis:
"Úrsula", de Maria Firmina dos Reis, é considerado por muitos críticos como o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira! Além disso, seria também o primeiro romance da literatura afro-brasileira. Nesse romance fundador, temos personagens negros e escravos construídos por uma autora negra, com um olhar interno e comprometido politicamente em trazer a narrativa do homem negro no Brasil.
As Meninas, de Lygia Fagundes Telles:
Dentre os muitos livros incríveis de Lygia Fagundes Telle, destaco “As meninas”. Narrada com a técnica de fluxo de consciência, a história acompanha três meninas, diferentes entre si mas unidas pela vida, lidando com um Brasil afundado na ditadura militar. O livro arranca suspiros desde o início até o final da leitura.
A Vida que Ninguém Vê, de Eliane Brum:
@brumelianebrum é dona de uma das escritas mais lindas que eu tive a felicidade de encontrar em 2020. Lendo “a vida que ninguem vê” me emocionei como em poucos livros. Os relatos curtos que recheiam o livro são cheios de vidas esquecidas - de pobres, imigrantes, mendigos - que ganham nova luz sob a escrita cuidadosa e carinhosa de Eliane.
A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha:
@martha_batalha foi uma revelação incrível desse ano. Em “A vida invisível de Eurídice Gusmão” conhecemos a trajetória de Eurídice Gusmão, mulher vivendo no Rio de Janeiro dos anos 50. Além de ser uma leitura linda, virou filme que foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro pelo Brasil, e virou um dos meus eternos favoritos - tanto o livro quanto o filme.
Becos da Memória, Conceição Evaristo:
@conceicaoevaristooficial, mulher negra e escritora talentosíssima que tem um espaço especial no meu coração. No romance meio autobiográfico “Becos da Memória”, ela descreve a vida de uma menininha e outros habitantes de uma favela, cheio de lirismo e poesia. "A autora traduz, a partir de seus muitos personagens, a complexidade humana e os sentimentos profundos dos que enfrentam cotidianamente o desamparo, o preconceito, a fome e a miséria; dos que a cada dia têm a vida por um fio." (contracapa)
O Sorriso da Hiena, de Gustavo Ávila:
Dica boa para quem curte uma boa história de suspense e assassinato: Gustavo Ávila com “O sorriso da Hiena” me manteve grudada nas páginas do seu livro do início ao fim! Um thriller de suspense super instigante, literatura policial brasileira que faz jus à qualquer best-seller americano do gênero.
Redemoinho em Dia Quente, de Jarid Arraes:
@jaridarraes é uma das principais vozes da literatura brasileira contemporânea. Em “Redemoinho em dia quente”, Focando nas mulheres da região do Cariri, no Ceará, Jarid nos traz contos com personagens femininas fortes, lutando contra diversas amarras sociais, fugindo de padrões e desafiando expectativas.
Gostou dos livros?
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