Escritor, jornalista, filósofo - e jogador de futebol.
Ontem, no dia 7 de novembro comemoramos o aniversario de nascimento de Albert Camus. Nascido em 1913, nessa mesma data, o autor completaria hoje 108 anos! Para celebrar, o post de hoje traz várias curiosidades sobre o autor.
Camus foi jornalista e escritor, considerado uma das maiores vozes da literatura francesa XX foi agraciado com o Nobel de Literatura em 1957. Na verdade, foi o segundo homem mais novo a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, por sua vasta obra que abrange os mais diversos gêneros, desde o romance e o ensaio filosófico, ao conto ou à peça de teatro. Camus influenciou uma geração de autores com seu talento, suas obras - e seu carisma. E entrou para a história não apenas por suas ideias filosóficas trabalhadas em forma de romances, mas também por cristalizar o seu contexo tohistórico do pós guerra.
Além de grande escritor, Camus marcou a filosofia - e o futebol: na sua juventude, atuou como goleiro e criou uma boa reputação como jogador para si no time Racing Universitaire. O autor tinha três paixões na vida: a literatura a filosofia e o futebol. Conta-se que certa vez, quando questionado se preferia o teatro ou o futebol, respondeu sem hesitar - o futebol. Levou sua paixão e respeito pelo futebol por toda a vida, chegou a afirmar, inclusive, que:
“O pouco de filosofia que conheço, eu aprendi nos campos de futebol e nos palcos de teatro, que serão sempre as minhas verdadeiras universidades”.
Além de tudo isso, Camus também escreveu uma das frases mais marcantes da literatura francesa. Seu livro "O Estrangeiro", um de seus maiores sucessos literários, abre com as seguintes frases:
« Aujourd'hui, maman est morte. Ou peut-être hier, je ne sais pas. »
"Hoje, mamãe morreu. Ou talvez tenha sido ontem. Não sei".
Essas célebres linhas de "O Estrangeiro" na verdade serviriam para resumir muito bem pensamento de Camus. O "absurdo" de um filho que não sabe nem dizer quando a mãe morreu representa, de certa forma, a vida: ela mesma, um absurdo.
Camus foi um dos muitos filósofos que entendia que a vida era um absurdo, sem significado algum ou sentido. Mas ao contrário de muitos deles, Camus não entendia que isso fosse motivo para desesperar-se ou querer dar cabo de tudo. Muito pelo contrário. Acreditava que devíamos então aproveitar bem as pequenas coisas da absurda vida quotidiana, como um bonito sorriso ou uma bela dança.
Acreditava também que era preciso revoltar-se. Foi um filósofo muito engajado politicamente - e prezava pela justiça, igualdade e liberdade acima de tudo. Especialmente quando falamos de nações colonizadas, colônias como a própria Argélia, seu país de nascença. Apesar de ter passado grande parte da vida na França, Camus era - orgulhosamente - argelino.
O jovem Camus nasceu em uma família pobre, sua mãe era faxineira e descendente dos primeiros colonos franceses que chegaram na Argélia na época das colônias para lá se estabelecer no século XIX. É por isso que, durante a guerra de independência da Argélia, que se passou entre 1954 e 1962, o coração de Camus se dividia. Morando na França e apaixonado por sua cultura, era ao mesmo tempo fortemente contra as políticas coloniais.
No que tange ao resultado da guerra, torcia pelo melhor dos dois mundos: que seu país natal se libertasse da opressão colonial sem, no entanto, desligar-se totalmente da França e de sua rica cultura. Essa posição lhe rendeu hostilidades de todos os lados. Tanto dos nacionalistas argelinos e da esquerda francesa - incluindo Sartre, que de quel antes era grande amigo -, quanto dos colonos e da direita francesa.
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