Você conhece essas mulheres revolucionárias?
Nas aulas de literatura na escola, as vozes masculinas destacavam-se, e aos 16 anos de idade devorei as páginas de Machado de Assis, José de Alencar, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de andrade. Foi só mais tarde que descobri que as mulheres também faziam parte da literatura brasileira. Pra gente não esquecer das vozes femininas potentes - porém muitas vezes esquecidas - da nossa literatura nacional, trago hoje 5 autoras brasileiríssimas pra gente ler e se apaixonar:
Clarice Lispector (1920-1977)
Talvez uma mulher que dispense apresentações por conta de sua enorme fama junto do público leitor brasileiro. Para o poeta Drummond, "Clarice veio de um mistério, partiu para outro". Um dos maiores nomes da literatura brasileira, Clarice nos deixou romances, contos, crônicas, literatura infantil e até mesmo cartas de um valor inestimável.
Carolina de Jesus (1914-1977)
Mulher, negra e pobre, sofreu todos os preconceitos imagináveis. Nem por isso deixou de escrever "Quarto de Despejo", um marco na história da literatura brasileira, que registra sua vivência como catadora de lixo e descreve o cotidianos da favela do Canindé em São Paulo, onde morava. Por isso, é considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil.
Rachel de Queiroz (1910-2003)
Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e a receber o Prêmio Camões em 1993. Rachel escreveu "O Quinze", que se transformou em um clássico do modernismo, com apenas 19 anos. A obra não somente faz uma crítica aos problemas de desigualdade social na Região Nordeste, como também simbolizou um marco da emancipação da mulher brasileira.
Ana Cristina César (1952-1983)
Poeta, crítica literária, professora e tradutora, foi um símbolo da "poesia marginal" brasileira - o movimento que permitiu que novas vozes poéticas se revelassem e se expressassem livremente em pleno regime militar, pois os poetas marginais evitavam editoras e livrarias, optando por outros meios menos convencionais para divulgar suas obras.
Maria Firmina dos Reis (1822-1917)
Considerada a primeira romancista brasileira, foi uma mulher negra, pioneira na crítica antiescravista da nossa literatura. Seu primeiro romance, "Úrsula", lançou um gênero literário nunca antes visto no Brasil ao transformar o livro num instrumento de crítica à escravidão por meio da humanização de personagens escravizados.
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